IMPRESSÕES SOBRE CANCÚN
Cancun ou Cancún está localizada na esquina
nordeste da península de Yucatán, no estado de Quintana Roo, faz parte do território da antiga civilização
Maya, tendo conseguido preservar suas belezas
naturais e sua cultura ancestral, representada
principalmente em cidades mayas, como Tulum, Uxmal ou Chichén Itzá, fundadas no período pré-colombiano.
Cancún se
distingue por possuir infra-estrutura e modernos centros de entretenimento. Foi
desenvolvido especificamente com fins turísticos, e continua satisfazendo as
necessidades das suas mais de 3,3 milhões de visitantes anuais.
Este destino oferece aos viajantes o melhor do
Caribe e do México; dos tempos modernos e dos antigos. Localizado num lugar
estratégico, Cancún é a principal porta de entrada ao Mundo Maia e ao Caribe.
Está muito próxima de cidades arqueológicas lendárias e com praias nas quais a
água se mistura com a areia branca. Sua impressionante infra-estrutura
turística, localizada num meio natural de extraordinária beleza, onde o clima, o mar azul-turquesa, a areia
branca, os vestígios da cultura maya e a hospitalidade da gente se misturam
para gerar nos visitantes a sensação de estar realmente no paraíso.
Em período bastante recente era chique ir a
Cacún. Muitos de nossos amigos e
conhecidos foram para lá ou tinham a intenção de ir. Nós não nos
deixamos influenciar por aquele modismo, mas agora, no início de dezembro, a
convite de uma de nossas filhas e do genro, fomos conhecer este lugar visitado
por gente de todo o mundo.
Cancún é realmente um lugar paradisíaco: mar de
um azul sem igual, areias brancas, palmeiras, parques, além das diversas zonas
arqueológicas, formando uma paisagem que encanta.
A zona hoteleira é uma ilha de prosperidade, que
recebe milhões de pessoas por ano e
esbanja ostentação e exagera no consumo. Os hotéis, na sua maioria,
possuem a modalidade “All Inclusive”, de modo que os hóspedes podem passar o
dia comendo ou bebendo, se assim desejarem. Além disso, fizeram das praias, propriedade deles, pois
seus hóspedes é que as usufruem, com todo o conforto. A população local deve
ter outras praias para poderem frequentar, mas não na região dos hotéis.
Tivemos
oportunidade de ir ao centro da cidade de Cancún e a situação é completamente
diferente. Trata-se de uma cidade sem muitos encantos com casas, na sua
maioria, modestas. Não demonstra, nem de perto, a riqueza da zona hoteleira.
Quanto aos proprietários dos hotéis, segundo
informações que nos passaram, são empresários, ricos e, na maioria, americanos.
Empregam como mão de obra os
descendentes dos verdadeiros donos da península do Yucatán, os mayas, pois os
garçons, camareiras, animadores, porteiros, guardas, tem, quase sem exceção, as
características físicas dos indígenas, seus antepassados. Não fiquei sabendo
quanto recebem de salário, mas com certeza não é uma grande quantia, mas são
grandes profissionais, competentes, atenciosos e tem sempre um sorriso ou uma
palavra de carinho com os hóspedes.
No passado este povo foi praticamente destruído.
Os monumentos que lá se encontram, demonstram o nível de desenvolvimento em que
se encontravam, quando os espanhóis lá chegaram e quase colocaram tudo por
terra, não fossem verdadeiras fortalezas.
Este período histórico passou, mas as
consequências lá estão: os verdadeiros donos daquela terra, hoje trabalham,
para os que de alguma forma, descendem dos que no passado, quase acabaram com
eles.
Podemos apontar como positivo o fato de que o povo tem consciência da riqueza
arqueológica deixada pelos mayas, bem como sua cultura e trabalham pela sua
preservação.