HISTÓRIA DE RIO PARDO
No século XVIII Portugal empenhava-se em
expandir suas fronteiras ao sul de sua colônia americana. As terras que hoje
formam o Rio Grande do Sul deveriam pertencer à Espanha.
Para os problemas em suas colônias, em
1750 as duas nações ibéricas assinaram o Tratado de Madri. Para marcar as novas
fronteiras, o governo português providenciou a instalação de um depósito de
armas e munições, na margem esquerda da confluência dos rios Pardo e Jacuí. Em
1752, este depósito foi transformado no Forte Jesus-Maria-José.
Os conflitos eram constantes na região.
Os primeiros habitantes eram índios
Tupi-Guarani, que se viram envolvidos nos conflitos entre os europeus.
Procurando por segurança, a população civil que já circulava, formada
principalmente por tropeiros, comerciantes e açorianos, começou a aproximar-se
da região do Forte. Esta foi a origem da cidade de Rio Pardo.
A partir de 1763 os espanhóis resolveram
retomar as terras gaúchas já conquistadas pelos portugueses e investiram sobre
Rio Pardo, planejando reconquistar toda a Capitania de São Pedro. Porém, não
conseguiram tomar o Forte Jesus-Maria-José e tiveram de recuar. Neste período,
o Forte de Rio Pardo recebeu a denominação de “Tranqueira Invicta”, por nunca
ter sido derrotado. Em 1769 o povoado foi elevado à condição de freguesia de
Nossa Senhora do Rosário
Em 1809, com a conquista consolidada, o
governo português promoveu a primeira divisão administrativa do Rio Grande do
Sul, com a criação das quatro primeiras vilas: Rio Grande, Porto Alegre, Rio
Pardo e Santo Antônio da Patrulha, sendo Rio Pardo a maior delas, com uma área
de 156.803 km². A Vila de Rio Pardo era próspera, devido à produção da pecuária
e ao comércio, desenvolvido graças à sua localização, às margens do rio Pardo.
Aos poucos, a zona urbana foi recebendo melhoramentos: agência de correios,
calçamento de ruas, criação de escola de primeiras letras. Em 31 de março de
1846 a Vila foi elevada à categoria de cidade.
Hoje, Rio Pardo é uma cidade que
apresenta as marcas positivas deste intenso passado histórico. Marcas
evidentes, expressas no seu patrimônio arquitetônico, formado por inúmeros
prédios construídos em sucessivas épocas, e pelo patrimônio cultural de sua
rica história. São características históricas que representam um grande
potencial turístico que, bem explorado, reverte em benefícios econômicos para
toda a sua população.
Adaptado doTexto da Professora
Silvia Barros.
Departamento de Pesquisa Histórica - Arquivo Histórico.
Departamento de Pesquisa Histórica - Arquivo Histórico.
Referência: VOGT, Olgário Paulo; SILVEIRA, Rogério Leandro Lima da (Org.). Vale do Rio Pardo: (re)conhecendo a região. 1. ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2001.
Alguns Pontos Turísticos:
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Inaugurada em 1801,o prédio é uma verdadeira aula
de história, com seus sete altares de madeira de origem barroca e sacadas onde
a elite se colocava durante a missa para não se misturar com o povo. Ainda
conserva a imagem do Senhor Morto, escultura em tamanho natural, com membros
articulados.
Capela de São Francisco de Assis
Inaugurada em 1812, possui importante
acervo de imagens da Via Sacra em tamanho natural, com detalhes anatômicos e
movimento de fisionomia. Acrescenta-se a imagem de Nossa Srª. da Boa Morte e
também da Nossa Senhora da Glória. Em anexo encontra-se o Museu de Arte Sacra,
inaugurado em 1975.
Estação Férrea
Inaugurada em 1812, possui importante
acervo de imagens da Via Sacra em tamanho natural, com detalhes anatômicos e
movimento de fisionomia. Acrescenta-se a imagem de Nossa Srª. dIa Boa Morte e
também da Nossa Senhora da Glória. Em anexo encontra-se o Museu de Arte Sacra,
inaugurado em 1975.
Forte Jesus, Maria José
Localizava-se à margem esquerda do Rio
Jacuí, na altura da foz do Rio Pardo, então limite da região das Missões
Jesuíticas, no local hoje conhecido como Alto da Fortaleza, na cidade.
Em posição dominante na confluência dos rios, o acampamento evoluiu para um forte de campanha de modestas proporções, constituído por paliçadas de madeira calçadas por plataformas de terra apiloada e cercadas por um fosso com água (1752), com risco atribuído ao Engenheiro Militar Gomes de Melo.
Em posição dominante na confluência dos rios, o acampamento evoluiu para um forte de campanha de modestas proporções, constituído por paliçadas de madeira calçadas por plataformas de terra apiloada e cercadas por um fosso com água (1752), com risco atribuído ao Engenheiro Militar Gomes de Melo.
Solar Panatieri
Na esquina da Rua Andrade Neves com a Rua da
Ladeira, o Solar dos Panatieri foi hospedagem do Imperador Dom Pedro II, quando
visitou Rio Pardo pela segunda vez, em 1865. Mantido pela Família Panatieri,
este importante sobrado é hoje o “Espaço Cultural Panatieri”, que oferece
múltiplas atividades artísticas à comunidade rio-pardense e regional.
Ponte Velha
Restaurada em 2014, a Ponte sobre
o Rio Pardo, denominada Ponte Tenente Coronel Pereira Rego pela Lei Municipal
Nº 37, de 1910, ou Ponte Velha, como é conhecida pelos moradores e
frequentadores, guarda em cada pilastra um pouco da história do Rio Grande do
Sul. Servia de passagem para cavalos, tropas de gado, carroças e carruagens.
Foi um local de grande movimento no transporte das mercadorias de gêneros
alimentícios de todo o tipo, que vinham por embarcações fluviais da Província
para a Vila e da Vila1 para serem distribuídas, levadas
até Missões e interior do Rio Grande do Sul. Isso porque, por aqui era feita
essa rota comercial, ou seja, ela foi por décadas de total importância
econômica para toda a Província2.
Com grandes pilares, feitos de pedra e cal, a
edificação foi executada por escravos e índios e passou por diversas reformas.
A estrutura de ferro das laterais, por exemplo, foi implantada por volta de
1909 pela empresa alemã Bromberg e Cia.
O local agonizava há 40 anos por reparos e estava
interditada por oferecer riscos a segurança de pedestres e motoristas. Em julho
de 2014 iniciou-se a reforma e após dois meses foi devolvida a Comunidade para
que desfrutem desse patrimônio arquitetônico histórico do Município.
Fonte: Arquivo Histórico Municipal Biágio Soares
Tarantino
Centro Regional de
Cultura Rio Pardo
A edificação de 1848
foi construída pela Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos para servir de
Casa de Caridade (Hospital). Mais tarde, em 1885, foi instalada ali a primeira
Escola Militar da Província. Estudaram na Escola Getúlio Vargas, Gaspar Dutra,
Mascarenhas de Moraes, Plácido de Castro, Góes Monteiro e outros nomes
importantes de nossa História.
Depois, transformou-se no Ginásio da Auxiliadora e atualmente - após ser totalmente restaurado - abriga o Centro Regional de Cultura Rio Pardo.
Depois, transformou-se no Ginásio da Auxiliadora e atualmente - após ser totalmente restaurado - abriga o Centro Regional de Cultura Rio Pardo.
Fonte: Secretaria Municipal de Turismo e Cultura.