A POLÍTICA ESTUDANTIL E A AÇÃO CATÓLICA
No Colégio São José, iniciei a participação na política estudantil, através do Grêmio da Escola, do qual fiz parte de diversas diretorias.
Em 1962 fui convida a participar das eleições para a direção da União Montenegrina de Estudantes (UMES), pela chapa denominada de “Coalizão” que era encabeçada por Natanael Machado Barreto.Eu era a vice; dos demais membros, não recordo. Fomos eleitos e, então, pude conhecer a política estudantil de forma mais ampla. Naquela época, o movimento estudantil lutava não só pelas questões ligadas aos estudantes, mas pelas grandes questões nacionais. Aprendi muito com esta atividade e aí comecei a compreender a importância da política na vida das pessoas.
Participei também da Juventude Estudantil Católica (JEC) da qual fui dirigente. Com seu tradicional método de: Ver, Julgar e Agir, abria nossa visão para os problemas sociais e ajudava na nossa formação religiosa e também política.
Os ensinamentos de João XXIII, na sua Encíclica “Mater et Magistra” nos apontavam para a atitude que o cristão deveria ter diante dos problemas sociais. A leitura desta e de outras encíclicas, como Pacem in Terris, também do papa João XIII se tornava obrigatória para quem, como nós, se preocupava com as causas sociais. Estas encíclicas, bem como a doutrina cristã como um todo, colaboraram muito para a minha forma de pensar e ver o mundo.
Em 1961, quando rompeu o Movimento da Legalidade, as lideranças estudantis de nossa cidade se reuniam e discutiam de que forma os estudantes poderiam colaborar, para que a Constituição Brasileira fosse respeitada. O governador Leonel Brizola, pela sua liderança neste movimento, passou a ser reconhecido, por estes jovens, pela sua coragem e iniciativa.
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