PELO
SUL DO RIO GRANDE
BAGÉ
Quem se dirige de Pelotas a Bagé, pela BR 293, pode observar as
mudanças pelas quais vem passando o Pampa Gaúcho. Plantações de acácia negra,
pinus e eucaliptos surgem em meio aos campos e os raríssimos capões de mata
nativa, que ainda sobrevivem, descaracterizando este eco sistema.
Como se sabe, estas plantas exóticas consomem uma grande quantidade de
água durante todo o seu desenvolvimento e, deste modo, contribuem para a
escassez deste líquido indispensável à vida, na região e concorrem com as
outras plantas, que precisam sobreviver.
Os
cerros também aparecem, alguns com vegetação nativa, outros totalmente
devastados, pela mão do homem.
Avista-se da estrada, a Usina de Candiota, cidade considerada a capital
do carvão, e um pouco mais adiante, algumas plantações de videiras,
demonstrando o desejo de alguns agricultores de diversificar a produção. Bagé
já produz vinho.
Começam a aparecer os açudes, com certeza motivados pelos efeitos das estiagens,
que tem ocorrido naquela região, especialmente em Bagé, que sofre há anos com o
racionamento, chegando a submeter a população a grandes sacrifícios como ficar
12 horas com água e 12 horas sem ela.
Com a estiagem dos últimos meses, os rios se transformaram em pequenos
córregos e a vegetação está amarelada; os meios de comunicação já noticiam que
Bagé volta a ter racionamento severo de água.
Prédios históricos importantes, com grande riqueza arquitetônica,
encantam os visitantes, como o que abriga o Museu Dom Diogo de Souza, a
Prefeitura, a Casa de Cultura, cercada por um pequeno jardim botânico e o Clube
Caxeiral. A Praça das Carretas, que possui este nome, porque antigamente, os
moradores da zona rural deixavam suas carretas e iam fazer compras no centro da
cidade, hoje abriga uma praça para crianças especiais, além de monumento aos
carreteiros.
A cidade esteve envolvida em
importante acontecimento, neste mês de maio, hospedando todo o pessoal que está
produzindo o filme: O Tempo e o Vento, baseado na obra de nosso grande escritor
gaúcho, Érico Veríssimo e ambientado em Bagé,onde foi construída a cidade
cenográfica para as filmagens, no Parque do Gaúcho.
O post é uma belíssima descrição das características daquelas paisagens e também um excelente apanhado do que Bagé oferece aos visitantes. Embora o item certamente não tenha entrado nas tuas observações, a cidade sempre foi um centro de mulheres bonitas. E viçosas, nada obstante a época de racionamento de água.
ResponderExcluirTua opinião é muito importante, pois conheces a região. Eu apenas passei rapidamente por lá.
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