Este grupo de ex-professoras do Colégio Maria Auxiliadora, costuma a reunir-se, periodicamente, há mais de 20 anos. Apesar de não trabalharem mais juntas, conservam a amizade.
Da esquerda para a direita: Maria da Graça, Maria Cristina, Neila, Maria Honorina, Marina, Maria Angélica, Carmen, Maira e Georgina.
domingo, 24 de junho de 2012
Colégio Maria Auxiliadora
Esta é a frente do Colégio, por onde entram professores, alunos e comunidade. É a parte mais antiga. Hoje existem mais construções no terreno da Escola.
Vida Profissional
COLÉGIO MARIA AUXILIADORA
No final do
ano de 1968, após terminar o curso de Ciências Sociais, levei meu currículo no
Colégio Maria Auxiliadora, porque era uma escola que oferecia o Curso Normal,
para o qual eu estava habilitada a lecionar duas disciplinas: Estudos Sociais e
Sociologia.
Para minha
surpresa, no início de 1969, estava uma tarde em casa, quando recebo a visita
da diretora do Colégio, Irmã Maria Hildtgardis. Conversamos sobre o assunto e
ela acabou me convidando para ser professora da Escola.
Lecionei no
Auxiliadora de 1969 até 1985, quando saí para ser a Secretária de Educação do
Município de Canoas.
Foi uma
experiência maravilhosa trabalhar com as futuras professoras. Tive muita
facilidade de relacionamento com as turmas. Além de ensinar, aprendi muito com
elas e, até hoje, tenho grandes amigas, que foram minhas alunas no Curso
Normal.
No início o
Colégio era só para meninas. Anos mais tarde, se transformou numa escola para
ambos os sexos.
Além do curso
Normal, lecionei também a disciplina de Organização Social e Política do Brasil
(OSPB), no Ginasial, que corresponde hoje aos anos finais do ensino
fundamental.
Ministrar
aulas destas disciplinas, num período de ditadura, não foi nada fácil. A gente
tinha que buscar uma maneira de despertar as consciências, sem ser muito
ostensiva.
O Colégio
oferecia formação continuada a seus professores e isto nos propiciava
crescimento e maior integração. Até hoje, temos um grupo que se reúne
periodicamente para um chá, com muita
conversa.
Vida Profissional
ESCOLA INTEGRADA
No ano de 1968
me transferi para a Escola Integrada, localizada na Rua da Figueira, em Canoas,
que ficava bem próxima de minha casa. Com isto, não precisava de transporte
para chegar até ela. Ia caminhando, o que facilitava minha vida, pois ainda estava na Faculdade,
para onde me dirigia todas as tardes, usando o ônibus como meio de transporte.
A diretora da
Escola era Ana Laura Nunes, que tinha sido minha colega no curso Normal. Foi
ela que me fez o convite para lecionar na Escola.
Não sei bem
porque a escola tinha este nome, aliás, foram construídas diversas pelo estado.
Talvez tenha sido pelo modelo de construção. Era toda envidraçada e, de uma
sala, se poderia ver o que se passava nas outras. Diziam que este modelo foi
copiado das escolas parques, existentes em alguns países e localizadas no meio
das árvores. Com certeza foi mais uma daquelas “cópias”, que seria impossível
dar certo, num país de altas temperaturas e muito sol, como o nosso.
Com o passar
dos anos, a escola passou a ser considerada como uma escola comum e recebeu o
nome de Escola Estadual Protásio Diogo de Jesus. Lá permaneci até o final do ano letivo de 1971, lecionando
sempre na 4ª série do Ensino Fundamental.
No ano de
1970, assumi paralelamente, um contrato para lecionar Educação Moral e Cívica,
na Escola Estadual Germano Witrock, no bairro Igara, onde permaneci até 1974,
ano em que conquistamos nosso Plano de Carreira. Como já tinha terminado meu
curso superior, fiquei bem classificada dentro da profissão e pude me demitir
do contrato, pois precisava ficar mais tempo em casa, para me dedicar à
educação de minhas duas filhas pequenas.
domingo, 10 de junho de 2012
Grupo de professoras da EE Fátima
Este é um grupo de professoras aposentadas da EE Fátima, num encontro na casa da Juraci, terceira da esquerda para a direita, em novembro de 1990. Juraci, assim como outras colegas do grupo, faleceram e o grupo deixou de fazer seus encontros regulares.
Voltando ao roteiro inicial
MINHA VIDA PROFISSIONAL
Minha primeira
experiência como professora, já está narrada em um texto, que escrevi em 2009 e
se encontra no meu Blog, em postagem do dia 31 de agosto de 2011.
No início da
década de 1960, quando era estudante do Curso Normal, tive a oportunidade de
lecionar, por dois anos, num Curso Supletivo, que funcionava no Grupo Escolar
Delfina Dias Ferraz, em
Montenegro. Foi uma experiência muito importante, pois pela
primeira vez, pude trabalhar com adultos, trabalhadores, que não tiveram a
oportunidade de concluir seus estudos na idade regular. Além de ensinar,
aprendi bastante com eles.
Em 1965,
quando cursava o primeiro ano do curso de Ciências Sociais, abriu inscrição
para contratos, na rede estadual e eu tive a oportunidade de assumir, no dia 19
de agosto, como professora da rede estadual, na Escola Fátima, no bairro do
mesmo nome, em Canoas.
Morava em Porto Alegre e tinha
que tomar dois ônibus para chegar até a Escola. Não havia o trem metropolitano
e tudo dependia do transporte rodoviário. Havia uma linha de ônibus, que
entrava no bairro e nos deixava a uma quadra da escola, mas tinha apenas um
horário em cada turno e, muitas vezes, quando eu descia do ônibus,que me trazia
do bairro para o centro de Porto Alegre, ele já havia saído.
A rua
Buttenbender, onde se localiza a escola, não era calçada, muito menos
asfaltada, de modo que, quando chovia, ficava um lamaçal, que dificultava muito
o acesso. Normalmente tinha que usar
“galochas” e levar um outro calçado para trocar.
Como estava chegando
à Escola e as outras professoras já estivessem organizadas nas suas turmas, solicitaram-me
que trabalhasse no turno intermediário, que existia naquela época, para poder
acomodar todos os alunos, que procuravam a escola. Funcionava das 11 às 14hs e minhas
aulas na Faculdade começavam justamente às 14 horas. Era um sufoco: ou tinha
que sair da escola antes, ou chegava atrasada na Faculdade. Foi então que, a
Escola Guarani, que ficava próximo da Fátima, precisava de uma professora para
uma turma de primeira série, que funcionava no turno da manhã. Minha diretora,
que se chamava Francelina, me chamou e me fez a proposta de ir atender esta
turma e eu fui, apesar do receio de trabalhar com uma turma de primeira série,
quando sempre preferi trabalhar com crianças maiores. Não me sentia preparada.
A turma era constituída
de alunos repetentes, com idade de 8
a 14 anos e o atendimento tinha que ser individualizado,
porque cada um estava num estágio de aprendizagem. Já tinham passado por
diversas professoras. Foi uma experiência bem difícil. Peguei a turma em
setembro e, até dezembro, consegui alfabetizar alguns, mas foi muito
complicado. Foi das vivências mais difíceis que tive na minha vida
profissional.
No ano
seguinte, voltei para a escola Fátima, para lecionar na 4ª série, no turno da
manhã. Então, tudo se tornou mais tranquilo, porque conseguia chegar à
Faculdade no horário certo, sem prejudicar o trabalho com meus alunos.
No ano de
1967, em virtude de meu casamento, passei a residir em Canoas e, até o final daquele
ano, lecionei na Escola Fátima, onde fiz amizades que continuam até hoje.
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