MULHERES
NO PODER
O ano de 2014 apresenta
um fato muito significativo para as mulheres. Pela primeira vez, a América do
Sul terá, ao mesmo tempo, três mulheres no comando de suas nações: Dilma
Roussef no Brasil, Cristina Kirchner na Argentina e Michele Bachelet no Chile.
A brasileira
Dilma Vana Roussef foi eleita em 2010, a primeira presidente do Brasil, com
quase 56 milhões de votos. Sua vida política teve início aos 16 anos,
combatendo o regime militar que a condenou por “subversão”. É mineira, mas adotou
o Rio Grande do Sul para viver e aqui exerceu cargos no secretariado de Alceu
Collares e Olívio Dutra. Com a posse do presidente Lula, tornou-se ministra de
Minas e Energia, cargo que deixou em 2005, para assumir a Casa Civil da
Presidência da República.
Cristina
Elisabet Fernández de Kirchner é política e advogada. Esposa do ex-presidente
Néstor Kirchner a quem sucedeu no cargo. Foi como Dilma, a primeira presidente
eleita no seu país, a Argentina. Em 2011 foi reeleita com mais de 54% dos
votos.
Verônica Michele
Bachelet Jeria é médica e política. Já exerceu um mandato de presidente entre
os anos 2006 e 2010. É a primeira mulher a vencer duas eleições presidenciais
na história do Chile. Desde maio de 2008 é também presidente da União das
Nações Sul-Americanas.
Estas três
mulheres tem nas mãos o destino de seus países o que não é pouca coisa, diante
da luta que a mulher vem desenvolvendo no mundo inteiro e, especialmente na
América do Sul, com sua realidade de grandes desigualdades sociais e de gênero.
Apesar desta
grande conquista, as mulheres ainda sofrem diversos tipos de discriminação,
como a desigualdade no mercado de trabalho onde, segundo pesquisas, recebe em
média, 30% a menos no salário, quando desempenha o mesmo trabalho que o homem.
A violência,
especialmente a doméstica, ainda é um grande problema enfrentado pelas
mulheres. Apesar de todas as ações e estruturas de atendimento criadas nos
últimos anos em nosso Estado, a redução do número de crimes contra a mulher,
foi pequena, representando apenas 9,8%, do ano de 2012 para o de 2013. Os dados
apontam que, a cada quatro dias uma gaúcha é assassinada e a maioria delas é
morta pelo companheiro, pessoa com quem divide sua vida e deveria zelar por
ela.
Estes números
estão a demonstrar que, apesar dos avanços, chegamos ao Dia Internacional da
Mulher de 2014, com muitos problemas a serem resolvidos e que a luta das
mulheres deve continuar até que se alcance a justiça e a igualdade nas relações
entre homens e mulheres.
Profa. Marina Lima Leal – março de 2014
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