2. Ampliação do número de vagas
Quando
assumimos a Secretaria havia diversas escolas que funcionavam em 3 turnos de 3
horas, devido a falta de vagas. Estas escolas se localizavam, especialmente, no
bairro Mathias Velho. Era uma situação insustentável, principalmente
considerando que era uma região bastante pobre, onde a grande maioria das mães
trabalhava fora de casa e a escola deveria funcionar como um apoio, pelo menos
em um turno.
As escolas
Thiago Würth e David Canabarro foram ampliadas, aumentando 570 vagas na região. Outras escolas também
ganharam mais salas como a Gonçalves Dias e a General Neto. A Escola Tancredo Neves, foi
a primeira inaugurada em nossa gestão. Estava sendo construída, quando assumimos.
Abrimos novas
turmas de alfabetização de jovens e adultos com recursos da Fundação Educar.
Naquela época
o atual município de Nova Santa Rita era o 2º distrito de Canoas. Zona
predominantemente rural. As escolas de lá eram também atendidas pela Secretaria
e recebiam uma atenção especial por serem escolas rurais na quase totalidade.
Duas delas não possuíam água encanada: a Campos Sales e a Miguel Couto. Ambas
foram contempladas com poços artesianos. As demais escolas receberam caixas d’água.
Santa Rita
ganhou também uma Escola Fazenda, velho sonho do Prefeito. Funcionava em regime
de semi-internato e era destinada especialmente aos filhos de agricultores. Um
dos objetivos era fazer com que permanecessem no campo.
Na década de 1980 a COHAB havia construído
uma vila na chamada Fazenda Guajuviras. As casas populares estavam prontas, mas
não havia autorização para as pessoas morarem. Em 1987, o povo se organizou e
ocupou estas casas. Eram cerca de 30 mil pessoas.
Havia no
Loteamento, 4 escolas, somente o prédio. O povo que ocupou as casas tinha filhos,
que necessitavam continuar seus estudos. A Prefeitura decidiu colocar em
funcionamento duas delas: uma no Setor 1 e outra no setor 5.
A Escola do
Setor 1, que recebeu posteriormente o nome de Guajuviras, foi inaugurada em 04
de julho de 1987 e a do Setor 5, que hoje se chama Carlos Drumond de Andrade,
no dia 22 de agosto do mesmo ano.
Cada uma
possuía 16 salas de aula, que logo ficaram lotadas de alunos. Foi uma
verdadeira batalha equipar estas escolas, fazer as instalações de luz e água e
providenciar os professores e funcionários para nelas atuarem.
A questão
pedagógica foi enfrentada pela equipe de supervisores e orientadores da SMEC
que, junto com os professores da escola, tiveram que se desdobrar para que os
alunos, vindos dos mais diversos locais, com diferentes níveis de aprendizagem,
pudessem continuar seus estudos com sucesso e os professores e funcionários,
que vinham trabalhando desde o início do ano letivo, pudessem ter assegurado
seu período de férias.
A SMEC possuía
2 capatazias que foram muito importantes na tarefa de deixar as escolas em
condições de funcionamento. Aliás, logo após assumirmos, as capatazias
organizaram o que chamaram de “arrastão”, que consistia em deslocar o pessoal
para as escolas e lá permanecer até que a diretora os liberasse, porque não
havia mais nenhum conserto para fazer. No primeiro ano de administração, 36 das
42 escolas receberam o “arrastão” segundo levantamento do diretor Elton, que
administrava as capatazias, juntamente com o professor Adílpio. Qualquer
problema que a escola tivesse na sua estrutura, as capatazias eram acionadas
para resolvê-lo.
A idéia do "arrastão" foi brilhante. A manutenção e melhoria das escolas depende sempre de um esforço coletivo.
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