domingo, 29 de junho de 2014

Texto que escrevi, por ocasião da Feira



O LIVRO VOLTA À PRAÇA

Com o surgimento da Internet e do e-book, muito se discute sobre a possibilidade do fim do livro como o conhecemos.
            Na obra “Não contem com o fim do Livro” o ensaísta e jornalista Jean-Philippe de Tonac intermediou entrevistas com Umberto Eco e Jean-Claude Carrière sobre o tema. Com diálogos simples e bem humorados os autores  afirmam, entre outras coisas, que  “a história dos livros e o amor a eles os salvarão do desaparecimento”. O livro “guarda em lugar seguro o que o esquecimento ameaça destruir”
Também acredito que o livro jamais desaparecerá. Historicamente, muitos livros foram destruídos, basta lembrar da época da Inquisição, mas apesar de tudo, eles sobreviveram. O livro eletrônico poderá proporcionar um conforto extraordinário, mas a tela fria do computador jamais nos dará a gostosa sensação de folhear e manusear um livro de papel.
As Feiras de Livros nos oferecem uma maneira ímpar de vê-los e manuseá-los e, no momento em que Canoas realiza uma grande feira, considerada pela Câmara Riograndense do Livro, como a segunda maior do Estado, temos que comemorar e prestigiar. É a 30ª edição, tem como tema “26 Letras e Infinitas Histórias” e se realiza de 31 de maio a 14 de junho, no Calçadão e na Praça da Bandeira.
Serão duas semanas de festa da Literatura, com palestras e debates, contação de histórias, oficinas e apresentações, lançamentos, encontros com escritores, filmes.
A primeira Feira do Livro de Canoas foi realizada no ano de 1982. Após, houve um intervalo de três anos em que não aconteceu.
Em 1986, quando Carlos Giacomazzi era o Prefeito de Canoas, nós, na qualidade de Secretária Municipal de Educação e Cultura do município, retomamos com nossa equipe, a realização da Feira, que desde então, não foi mais interrompida.
Nos primeiros anos era realizada em outros locais, especialmente no Calçadão. Eram poucas bancas e não contava com um patrono. Em 1988, o escritor Moacyr Scliar, hoje falecido, foi escolhido como o primeiro patrono da Feira do Livro de Canoas.
A partir do ano de 2009, na administração do prefeito Jairo Jorge, foi criada a Secretaria Municipal de Cultura, sendo Jéferson Assumção, nomeado secretário. A  Feira tomou então, grandes proporções, passando a ser realizada, não apenas no Calçadão, mas também na Praça da Bandeira. Nesta 30ª edição, participarão mais de 100 escritores, entre eles o homenageado, Zuenir Ventura, autor do célebre: “1968, o Ano que não Terminou” em que entre tantos resgates, afirma: “nossos jovens andavam com a alma incendiada de paixão revolucionária e não perdoavam os pais - reais e ideológicos - por não terem evitado o golpe militar de 1964”.
A exemplo da Feira do município, muitos bairros da cidade vem realizando feiras, anualmente, além das escolas que também realizam as suas, oferecendo oportunidade para alunos, educadores e comunidade tomarem contato direto com os livros, numa demonstração de que ele está bem vivo e consegue agradar pessoas de todas as idades.

Profa. Marina Lima Leal, maio de 2014

Público

Parte do Público presente na nossa palestra realizada em 11 de junho de 2014

Escritores

Escritores e convidados presentes na nossa palestra

Palestra

Palestra na Feira

Zuenir Ventura, homenageado da Feira

Recebendo autógrafo e o abraço de Zuenir Ventura, homenageado da 30ª Feira do Livro de Canoas

Lançamento do Senador Paim

Recebendo o autógrafo do Senador Paim

30ª Feira do Livro de Canoas


De 31 de maio a 14 de junho de 2014, realizou-se a  30ª Feira do Livro de Canoas cujo lema foi: 26 Letras e Infinitas Histórias. Literatura é inovação
Palestra que fiz durante a 30ª Feira do Livro