sábado, 28 de julho de 2012

Fotos tiradas na inauguração da Horta Escolar, na Escola Municipal Thiago Würth
Matéria publicada no jornal Metrô, em 19 de fevereiro de 1987

Encontro de Educação

Matéria publicada no jornal Radar no dia 08 de outubro de 1986

Ações da SMEC


3. Formação
Ao assumir constatamos que havia um grande índice de reprovação, especialmente na primeira série. Começamos um trabalho de formação com os professores, no qual contamos com a participação da Faculdade de Educação da UFRGS.
Aos professores das demais séries se oferecia um processo de formação continuada. O primeiro encontro ocorreu logo no início de março de 1986, reunindo toda a rede.
As escolas municipais também foram convidadas a discutirem o tema da Educação e trazerem suas sugestões para a Secretaria encaminhar ao Congresso Constituinte, que tinha sido eleito, para elaborar  a nova Constituição do Brasil.
 As merendeiras também recebiam formação sobre a importância de sua função na Escola. Nestes encontros, além da integração, elas trocavam experiências. A professora Vera, responsável pelo setor de Merenda Escolar era incansável no atendimento a estas profissionais.
As hortas escolares, projeto que teve a participação da Petrobrás, foram muito importantes no fornecimento de verduras e legumes, frescos e de boa qualidade para enriquecerem a merenda.


4. Colônia de Férias
Logo que assumimos, reunimos as diretoras e propomos a elas que mantivessem suas escolas abertas durante as férias, com recreação e distribuição de merenda para as crianças. Seis diretoras se dispuseram e, nestas escolas, os setores de Merenda Escolar e de Esporte e Lazer, trabalharam com os alunos que optaram por participar dessas atividades.
No 2º ano o projeto recebeu o nome de Colônia de Férias e se desenvolvia no Parque Getúlio Vargas (Capão do Corvo), onde eram desenvolvidas as atividades recreativas e artísticas e a merenda escolar era servida, na Escola Edgar Fontoura, que fica bem próxima ao Parque.   
Projeto Irmãozinho – por este projeto, os irmãos menores dos alunos podiam vir juntos para a escola receber a merenda. Um bom número participou e foi muito importante para os pais, especialmente os que trabalhavam fora, por terem onde deixar seus filhos, que recebiam alimento e recreação.

domingo, 22 de julho de 2012

Escola Municipal Guajuviras

Inauguração da Escola Municipal Guajuviras inaugurada no bairro ocupado em 1987. Foto e reportagem do Jornal Radar do dia 9 de julho de 1987.

Escola Municipal General Neto, onde foi feito cercamento, poço artesiano e duas novas salas de aula.
Foto publicada no jornal Folha de Canoas de 27 de fevereiro de 1987.

Escola Municipal David Canabarro - no primeiro plano, as 6 novas salas construídas, permitindo que a escola funcionasse, normalmente, em dois turnos.
Foto publicada no Jornal Folha de Canoas de 27 de fevereiro de 1987.

Ações da SMEC no período 1986/87 - cont.



2. Ampliação do número de vagas

Quando assumimos a Secretaria havia diversas escolas que funcionavam em 3 turnos de 3 horas, devido a falta de vagas. Estas escolas se localizavam, especialmente, no bairro Mathias Velho. Era uma situação insustentável, principalmente considerando que era uma região bastante pobre, onde a grande maioria das mães trabalhava fora de casa e a escola deveria funcionar como um apoio, pelo menos em um turno.
As escolas Thiago Würth e David Canabarro foram ampliadas, aumentando  570 vagas na região. Outras escolas também ganharam mais salas como a Gonçalves Dias  e a General Neto. A Escola Tancredo Neves, foi a primeira inaugurada em nossa gestão. Estava sendo construída, quando assumimos.
Abrimos novas turmas de alfabetização de jovens e adultos com recursos da Fundação Educar.
Naquela época o atual município de Nova Santa Rita era o 2º distrito de Canoas. Zona predominantemente rural. As escolas de lá eram também atendidas pela Secretaria e recebiam uma atenção especial por serem escolas rurais na quase totalidade. Duas delas não possuíam água encanada: a Campos Sales e a Miguel Couto. Ambas foram contempladas com poços artesianos. As demais escolas receberam caixas d’água.
Santa Rita ganhou também uma Escola Fazenda, velho sonho do Prefeito. Funcionava em regime de semi-internato e era destinada especialmente aos filhos de agricultores. Um dos objetivos era fazer com que permanecessem no campo.
Na década de 1980 a COHAB havia construído uma vila na chamada Fazenda Guajuviras. As casas populares estavam prontas, mas não havia autorização para as pessoas morarem. Em 1987, o povo se organizou e ocupou estas casas. Eram cerca de 30 mil pessoas.
Havia no Loteamento, 4 escolas, somente o prédio. O povo que ocupou as casas tinha filhos, que necessitavam continuar seus estudos. A Prefeitura decidiu colocar em funcionamento duas delas: uma no Setor 1 e outra no setor 5.
A Escola do Setor 1, que recebeu posteriormente o nome de Guajuviras, foi inaugurada em 04 de julho de 1987 e a do Setor 5, que hoje se chama Carlos Drumond de Andrade, no dia 22 de agosto do mesmo ano.
Cada uma possuía 16 salas de aula, que logo ficaram lotadas de alunos. Foi uma verdadeira batalha equipar estas escolas, fazer as instalações de luz e água e providenciar os professores e funcionários para nelas atuarem.
A questão pedagógica foi enfrentada pela equipe de supervisores e orientadores da SMEC que, junto com os professores da escola, tiveram que se desdobrar para que os alunos, vindos dos mais diversos locais, com diferentes níveis de aprendizagem, pudessem continuar seus estudos com sucesso e os professores e funcionários, que vinham trabalhando desde o início do ano letivo, pudessem ter assegurado seu período de férias.  
A SMEC possuía 2 capatazias que foram muito importantes na tarefa de deixar as escolas em condições de funcionamento. Aliás, logo após assumirmos, as capatazias organizaram o que chamaram de “arrastão”, que consistia em deslocar o pessoal para as escolas e lá permanecer até que a diretora os liberasse, porque não havia mais nenhum conserto para fazer. No primeiro ano de administração, 36 das 42 escolas receberam o “arrastão” segundo levantamento do diretor Elton, que administrava as capatazias, juntamente com o professor Adílpio. Qualquer problema que a escola tivesse na sua estrutura, as capatazias eram acionadas para resolvê-lo.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Forum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação

A  reunião do Forum, aconteceu em Brasília e reuniu os Secretários Municipais de Educação de todo o país. Na foto, uma discussão em grupo.

Ações desenvolvidas pela Secretaria


AÇÕES  DESENVOLVIDAS NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CANOAS, NO PERÍODO DE 1986/1987

1. Eleição de Diretores:
Foi bastante difícil fazer uma síntese do período que estive à frente da Secretaria. Não encontrei registros, apenas jornais da época, que guardei. A medida que  reli as notícias do período, fui lembrando algumas ações.
Quando assumi, em janeiro de 1986, as diretoras das escolas ( havia apenas um diretor, as demais eram mulheres) eram cargos de confiança do Prefeito. Eu vinha do movimento sindical, onde travávamos uma grande luta para eleger os diretores das escolas estaduais. Já tínhamos conquistado a lista tríplice. Achei que não poderia manter o processo de nomeação de diretores, sem o aval da comunidade escolar. Conversei com o Prefeito e ele concordou. Decidimos então, que eu passaria nas escolas e pediria aos professores e funcionários  que indicassem três nomes, dos quais, um sairia o diretor.
 Esta seria uma situação provisória, até que fosse criada a lei que estabelecesse a eleição. Assim fiz. Houve reações diversas: em algumas escolas a medida foi recebida com alegria, em outras, onde a direção já estava estabelecida há muitos anos, a reação foi contrária. Entre os professores e funcionários, de modo geral, a medida foi recebida com simpatia, por sentirem-se participantes do processo de escolha.
Um grande número de diretoras permaneceu por razões diversas, como a titulação dos profissionais das escolas ou o pequeno número, uma vez que as escolas, na maioria,  eram pequenas 
            Neste mesmo ano de 1986, o projeto de lei que versava sobre a eleição de diretores, foi enviado à Câmara de Vereadores que o aprovou, sem dificuldades, porque já havia entre os professores municipais o desejo de eleger seus diretores, o que eles manifestavam através de sua luta.
A primeira lei estabelecendo normas para a eleição de diretores na rede municipal de Canoas recebeu o número 2.481, de 29 de dezembro de 1986; os artigos 13 e 14 dessa lei foram modificados pela lei número 2.548, de 25 de novembro de 1987, para que o primeiro processo de eleições  pudesse acontecer no final no ano letivo; assim sendo, o primeiro processo eleitoral foi realizado em dezembro de 1987.
            A Lei 2.481 estabelecia, em seu artigo 1o "A escola municipal de primeiro grau, cujo funcionamento tenha sido autorizado nos termos da legislação vigente, que conte com mais de três (03) professores em efetivo exercício do Magistério, poderá eleger seu diretor na forma desta Lei. Haverá coincidência nas eleições para todas as escolas." O mandato do diretor foi estabelecido em 2 anos.
            Foi uma grande satisfação para mim, ser a titular da Secretaria quando se iniciou o processo de eleição de diretores nas escolas municipais.

domingo, 15 de julho de 2012

Recorte do Jornal da época

Publicação do Jornal o Timoneiro sobre minha saída da Secretaria, bem como dos colegas que me acompanharam

Posse

Assinatura do Livro de Posse como Secretária Municipal de Educação e Cultura, em 02 de janeiro de 1986, na presença de alguns secretários

Desempenhando nova função


COMO ME TORNEI SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE CANOAS

Considero importante retroceder um pouco na história, há um ano após eu ter vindo residir em Canoas, 1968. Neste ano, houve eleição para substituir o Prefeito Hugo Simões Lagranha, que terminava seu mandato. Foi eleito Carlos Giacomazzi, que não chegou a assumir porque, o decreto de número 314/68, do governo militar possibilitou que nosso município passasse a ser considerado como  Área de Segurança Nacional. Nestes municípios, os prefeitos passaram a ser nomeados pelo Presidente da República. Hugo Lagranha,  foi nomeado para permanecer no governo até julho de 1971; daí por diante, até 1985, os prefeitos de Canoas foram nomeados. Neste ano, com o processo de abertura política, nosso município voltou a escolher seu prefeito e o povo canoense elegeu novamente a Carlos Giacomazzi que, desta vez, assumiu em 01 de janeiro de 1986.
Fui convidada pelo novo Prefeito para assumir a Secretaria Municipal de Educação e Cultura. A posse ocorreu em 02 de janeiro de 1986. Foi uma rica experiência. Até aquele momento eu havia trabalhado em escola, na sala de aula e esta nova função exigia muitas outras habilidades. Aos poucos fui aprendendo a administrar. Foi uma aprendizagem difícil, mas que trouxe muitas alegrias e realizações.
Fiquei na função até o início de 1988, último do mandato do prefeito. Não fiquei até o final, em virtude de uma paralisação do funcionalismo municipal. Quando  foi decretada, o Prefeito chamou  todos os secretários para uma reunião e ordenou que os pontos dos grevistas fossem cortados. Voltei para a Secretaria e não tomei nenhuma medida punitiva, pois seria uma incoerência de minha parte, que sempre defendi a greve quando atuava no sindicato, punir meus colegas de trabalho.
É claro que esta atitude repercutiu nas outras secretarias e alguns secretários condenaram minha atitude. Achavam que eu deveria cortar o ponto dos grevistas, assim como eles fizeram, para cumprir a determinação do Prefeito. Diante da situação, não tive mais clima para continuar no secretariado. Saí, mas fiquei com a consciência tranquila, porque mantive a coerência.
Junto comigo, em solidariedade, saíram também os diretores Elton Gilson Cezimbra da Rosa, do Departamento de Serviços Auxiliares e Geraldo Recktenvald,  do Departamento de Desporto Lazer e Recreação, a coordenadora da Merenda Escolar, Vera Maria Stoffel Biassusi e o responsável pelo Setor de Manutenção, de Imóveis e Equipamentos, Adílpio Antonio Zandonai.  Todos trabalhavam comigo na Secretaria.

sábado, 7 de julho de 2012

Aposentadoria

Estas flores recebi dos colegas do Colégio Rondon, por ocasião de minha aposentadoria, do cargo de professora da rede pública estadual

Próximo à aposentadoria


ESCOLAS ONDE TRABALHEI NOS ÚLTIMOS ANOS ANTES DA APOSENTADORIA

No segundo semestre de 1996, quando retornei da cedência para o 20º Núcleo do CPERS, fui dar aulas na Escola Estadual Érico Veríssimo, no bairro Igara, a convite do diretor Bambino Moreto. Lecionei História para várias turmas de 5ª série. Não foi muito fácil voltar a lecionar para alunos menores, mas consegui vencer as dificuldades, pois o ambiente na escola era muito bom e o diretor, um grande parceiro.
Fiquei no Érico Veríssimo apenas um semestre, devido à distância de casa e certa dificuldade que sentia, em trabalhar com pré-adolescentes.

No ano de 1997 fui para o Colégio Rondon, que fica próxima de minha casa, convidada pela diretora, professora Ana Maria Martins, minha ex-aluna e grande amiga. A escola precisava de uma professora de minha área para o Ensino Médio, o que coincidiu com meu interesse de voltar a lecionar alunos maiores.
Fiquei no Rondon apenas dois anos, em virtude de minha aposentadoria. Foi uma ótima experiência, pois a escola era considerada a mais mobilizada de Canoas o que para mim, que vinha do movimento sindical, era ótimo. Sentia-me muito à vontade. O Conselho escolar, que foi conquistado com muita luta, era realmente atuante, o que não acontecia na maioria das escolas. Havia reunião de professores e formação no local de trabalho.
Por ocasião de minha aposentadoria, em 1998,  recebi, juntamente com o colega Antenor Balbinot, que também se aposentou, uma homenagem da direção e colegas. Foi uma bela iniciativa da Escola, que me emocionou.

domingo, 1 de julho de 2012

Carmem, Nídia, Arlinda e Marina, ex-professoras da Escola André Leão Puente, na Sala de Informática, que na época em que lecionavam na Escola, era ocupada pela Secretaria e Sala da Direção. Foto tirada recentemente, no dia 26 de junho último, por ocasião das comemorações dos 80 anos do André Puente.
Foi uma visita para recordar e amenizar a saudade.
Grupo de professoras aposentadas da Escola André Leão Puente, num de seus habituais encontros, desta vez em minha casa

Grupo de professoras da Escola Estadual André Leão Puente, na festa dos 50 anos da Escola, em junho de 1982

Vida Profissional


ESCOLA ESTADUAL ANDRÉ LEÃO PUENTE
Comecei a lecionar na Escola André Leão Puente  em 1972, a convite da diretora, professora Arlinda Porto Borges.  Aquele ano foi de grandes mudanças, pois o Grupo Escolar, que atendia alunos até a 5ª série, começou a se transformar numa escola  onde o aluno poderia ficar mais tempo, ou seja, até a 8ª série, o que agradou muito a comunidade escolar e, principalmente, aos alunos.   Comigo chegaram diversas outras colegas, pois com a mudança, era necessário um número bem maior de professores, porque a partir da 6ª série, os alunos deveriam ter um professor para cada disciplina, diferentemente do antigo primário, onde cada turma era atendida por um só professor.
Lecionava as disciplinas de: História, Geografia, Organização Social e Política do Brasil (OSPB), Educação Moral e Cívica. Para um professor de minha área era sempre necessário ministrar diversas disciplinas, porque a carga horária das mesmas era pequena (uma ou duas aulas por semana). Sempre tinha que preencher muitos cadernos de chamada.A experiência de dar aulas para alunos maiores foi muito boa. Sempre preferi trabalhar com adolescentes.
Trabalhei no André Leão Puente até 1985. Nos anos de 1986 e 1987, fui cedida para o município de Canoas, para exercer a função de Secretária Municipal de Educação; em 1988, retornei ao André, onde fiquei até 1995, quando saí novamente, para exercer a função de diretora do 20º Núcleo do CPERS/Sindicato. Trabalhei no André por 21 anos, portanto, foi a Escola onde fiquei por maior período. Ali ensinei e aprendi muito. Tive excelentes alunos e colegas, com os quais mantenho relação de amizade até hoje.
 No ano de 1985  foi criado, por iniciativa da professora Lygia Caputo Sum, um grupo de professoras aposentadas da Escola, que se reuniu pela primeira vez, no dia 27 de maio daquele ano, para comemorar a aposentadoria da colega Aida Vaz. Com o  passar dos anos, outras aposentadas vieram se agregar ao grupo que, há mais de  20 anos, continua se encontrando uma vez por mês para conversar, tomar um chá e cultivar uma bela relação de amizade, que teve início, quando se conheceram como educadoras, no “André Leão Puente”.