sábado, 31 de dezembro de 2011

Museo do Trem

Bela construção que abriga o museu do trem e funciona como uma estação para os trens que ligam Madrid a outra localidades.

Museo Reina Sofia

Guernica de Picasso é a grande joia deste museu que aposta na arte contemporânea e, especialmente nos artistas espanhóis. Importantes obras de Salvador Dalí e de Miró fazem parte do acervo do museu.

Metrô

Estação do Metrô, que os espanhóis, como os portugueses, chamam de metro. Um painel, dentro das estações, avisa quantos minutos falta para a chegada do trem, pontualmente.

Plaza Mayor

É considerada o centro da cidade desde que Felipe II a transformou  na sede da Corte em 1561. Ainda hoje ela continua acolhendo muitos tipos de atividades como teatro, centro cívico, centro de informações turísticas, comércio...

Puerta Toledo

Esta é a Puerta Toledo, que ficava em frente a nosso Hotel.

Em Frente ao Hotel Puerta Toledo

Em frente ao Hotel Puerta Toledo, onde nos hospedamos.

De Lisboa a Madrid

No avião da Embraer, no voo de Lisboa a Madrid

Madrid

Na 6ª feira, dia 9 de setembro, cedinho, embarcamos para um voo de Lisboa a Madrid. Para surpresa nossa, o avião era da EMBRAER, fabricado no Brasil, ERJ 145. Viajamos por cerca de 2 horas e lá estávamos nós no Aeroporto de Barajas, na bela Madrid.
              Em Madrid, no Hotel Puerta de Toledo, permanecemos do dia 9, até nosso retorno ao Brasil, no dia 17, sendo que na 4ª feira, dia 14, fomos a Paris.
              Madrid é de uma beleza estonteante. Sua arquitetura vai do muito antigo ao que há de mais moderno. Poder-se-ia dizer que a cidade é um museu a céu aberto. Os parques, as fontes, as igrejas e os museus atraem turistas de todas as partes.
              Assistimos à missa de domingo na Catedral de Almudema, uma construção belíssima, com lindas e delicadas colunas e pinturas maravilhosas no teto.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Lanche

Andréa lanchando, em Cintra,  mostrando o mapa de Portugal.

Carruagem

Carruagem usada para passeios turísticos em Cintra.

Cintra

Cintra é uma linda cidadezinha,localizada na serra e caracterizada por seus castelos, construídos em cima dos morros.

Capelinha

Esta é a capelinha construída no exato lugar onde Nossa Senhora apareceu. Passam por ela milhares de pessoas. Pode-se ver  a movimentação dos fieis, através da internet.

Azinheira

Este é um pé de azinheira. Não é o mesmo que existia quando Nossa Senhora apareceu, porque as pessoas foram levando, folhinha por folhinha "de lembrança", até que terminaram com a árvore. Então, esta foi plantada no lugar.

Santuário de Fátima

Este é o Santuário de Fátima, vendo-se ao fundo a Basílica. Há ainda no complexo uma linda Igreja, com capacidade para 10 000 pessoas, onde são rezadas diversas missas por dia, e a capelinha, no local onde Nossa Senhora teria aparecido aos pastorinhos.

Pastéis de Belém

Estes são os famosos pasteis de Belém. Tem o formato de nossas empadas. Há uma confeitaria no bairro de Belém,em Lisboa, que é a mais antiga fornecedora dos pasteis. A receita é guardada a 7 chaves e passa de geração a geração. Na hora de saborear, polvilha-se canela em pó, conforme o gosto.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Oceanário

Oceanário de Lisboa, o maior do mundo. Construído junto com um grande complexo, em 1998, para comemorar os 500 anos da descoberta do caminho das Índias, por Vasco da Gama e para sediar a Expo/98, evento mundial, em defesa do Planeta. O boneco se chama Vasquinho, em Homenagem ao decobridor.

Torre de Belém

Torre de Belém, monumento com mais de 500 anos, localizada à margem do Rio Tejo e de onde saía a maioria das grandes expedições, em busca de novas terras.

Sala de estar do Hotel onde nos hospedamos

Esta era uma das salas de estar do Hotel onde nos hospedamos.

Igreja de São Sebastião

Esta é a Igreja de São Sebastião, onde assistimos missa no dia em que chegamos a Lisboa.

Aeroporto de Lisboa

Esta foto é de nossa chegada ao Aeroporto de Lisboa. É imenso. Ao fundo vemos o avião da TAP que nos levou de Porto Alegre a Lisboa. Andréa não aparece na foto, porque foi a nossa fotógrafa.

A viagem dos sonhos

Sempre sonhei em conhecer alguns países da Europa como Portugal, Espanha, França e todos os demais que pudesse. Achava, porém, que este sonho nunca seria realizado.
No ano de 2011, minha filha Andréa começou a insistir para que fôssemos com ela, que já havia ido por duas vezes ao Velho Mundo. De início achei que seria quase impossível, principalmente em virtude da saúde de meu marido. Lembrei-me, no entanto, que ele ficou entusiasmado, quando da inauguração do voo direto: Porto Alegre/Lisboa, inaugurado em junho deste ano. Tentei convencê-lo, com a ajuda decisiva da Andréa e dos seus médicos – Ângela e Gustavo - que achavam que ele deveria ir sim.
Quando conseguimos seu consentimento, começamos a correria para fazer os passaportes, cartões de débito especial para o exterior, seguro saúde e mais algumas providências que se fazem necessárias para uma viagem deste tipo. Para isso contávamos com a experiência da Andréa que já iria pela 3ª vez à Europa.
Depois dos preparativos, chegou, afinal, o grande dia – 3 de setembro. Embarcamos às 19hs no Aeroporto Salgado Filho, rumo à Lisboa que fica há 8.793km com uma diferença de fuso horário de 4 horas. De Porto Alegre a Natal, o avião da TAP (Transportes Aéreos Portugueses) sobrevoou o Brasil, após, o Oceano Atlântico.
Foi uma viagem tranquila, apenas alguma turbulência na região do equador. Podíamos acompanhar o voo através do GPS, ver filmes ou escutar músicas, de acordo com nossa preferência. Tudo sem sair de nosso assento. A viagem durou aproximadamente 10h30 min e foram servidas 2 refeições: o jantar e o café da manhã.
Não dormimos quase nada, muito em função da expectativa da viagem que, por esta razão, tornou-se um pouco mais cansativa.
A chegada ao Aeroporto de Lisboa, foi inexplicável. Eu quase não acreditava que estava lá. Tivemos que andar muito, para chegar ao local onde fomos retirar nossa bagagem, devido ao tamanho do aeroporto. De lá tomamos um taxi até nosso hotel: Real Palácio, que possuía ótimas acomodações.
No mesmo dia (domingo) fomos à missa na Igreja São Sebastião, uma igreja antiga, muito semelhante as nossas da região de Minas histórica e que fica bem próximo do Hotel.
Permanecemos em Lisboa até 6ª feira dia 9 de setembro, quando embarcamos para Madrid.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Rompendo com a ordem cronológica

A partir da próxima postagem, me afastarei da linha que vinha seguindo, mais ou menos cronológica, para registrar algumas impressões sobre a viagem que fiz, com meu marido e minha filha Andréa, à Europa em setembro deste ano. Resolvi proceder desta forma, porque se fosse seguir como vinha fazendo até então, demoraria muito a chegar o momento de falar sobre a viagem e isto ocasionaria, com certeza, a perda de muitos detalhes.

Visita de montenegrinos a Santa Fé

Este é o grupo que esteve em Santa Fé, quando eu estava lá. Nele se encontra meu irmão Omar, primeiro à esquerda em pé e, a seu lado esquerdo, minha cunhada Ivete. A seguir, Mário, já falecido e eu, um pouco mais atrás. Não recordo o nome de todos.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Foto tirada junto a um monumento, quando de minha visita à cidade de Rosário na República Argentina
Foto tirada, quando da visita de meu irmão Homero. Junto conosco um professor baiano, que vivia em Santa Fé

Minha vida em Santa Fé

MINHA VIDA EM SANTA FE
Minha “família argentina” era formada por três pessoas, o casal, Dona Maria Eugênia e Dom Cirilo e Dardo, o filho do casal.
Logo que cheguei, dona Maria Eugênia me mostrou o quarto que foi reservado para mim. Ficava no 2º piso da casa. Achei bom, porque minha privacidade ficaria mais preservada.
No dia seguinte fomos conhecer a Faculdade, onde fui apresentada. O curso em que eu poderia aproveitar o maior número de cadeiras, neste curto período, era o de Educação Sanitária. Apesar de ser da área da saúde, estava muito ligado à educação e isto pude constatar, quando começamos a participar de campanhas educativas como a de prevenção à raiva, quando visitávamos escolas e comunidades.
A turma da Faculdade decidiu por fazer uniforme e eu, não tive dúvidas: comprei o tecido e fiz, eu mesma, o meu. A decisão me favoreceu. Tinha levado pouca roupa e, deste modo, não tinha que me preocupar com isto. Nosso uniforme era tipo um jaleco cinza, com detalhes em vermelho. A gente o colocava por cima da roupa e pronto.
Minhas colegas, todas mulheres, me tratavam muito bem mas, assim como se eu fosse um ser diferente, que falava outra língua. Aos poucos ficamos amigas e, quando rompeu uma greve dos professores na Faculdade, uma colega, chamada Rosa, que tinha casa em Córdoba, nos levou a passar uns dias nesta linda cidade da serra argentina. Assim tive oportunidade de conhecer mais um pouco deste lindo país. Conheci também Rosário onde passei um dia, acompanhada de um amigo da família e do Brasil, Hugo Mataloni, que me levou nos principais pontos turísticos da cidade. É uma cidade bem maior do que Santa Fé, que tinha na época, uns 300 mil habitantes.
Fui também a Buenos Aires passar uns dias com Maria Eugênia e Cirilo. Achei a cidade lindíssima, o Parque Palermo, a Casa Rosada, o Obelisco, Camiñito o aeroporto de Ezeiza e muitos outros lugares, que já não me recordo.
Foi uma experiência muito importante para mim, que nunca havia saído de casa. Conheci muitas coisas e pessoas interessantes, além de aprender uma nova língua. Visitei muitas escolas e observei aulas, pois como professora, tive muito interesse em fazer estas visitas, nas quais era apoiada por Da. Maria Eugênia, que também era professora.
Neste período que estive em Santa Fé, tive a alegria de receber uma excursão de Montenegro, em que meu irmão Omar e minha futura cunhada Ivete, faziam parte. Foi muito bom rever meus familiares e amigos. Montenegro mantinha um intercâmbio com Santa Fé, através do Dr Paulo Campos e de Da. Maria Eugênia.
Mais ou menos um mês após, tive outra grande alegria, a de receber meu irmão Homero que, sabendo que eu estava lá, foi me visitar. Isto compensava um pouco a saudade da casa.
Naquela época não existia internet e meus pais não tinham telefone, de modo que, a grande dificuldade, era a gente conseguir se comunicar com os pais e irmãos. Era por carta e estas demoravam bastante para chegar de um país a outro, mais ou menos 10 dias. A gente tinha que esperar todo este tempo e ainda não tinha a certeza, quando recebia, se os familiares continuavam bem, como quando escreveram a carta. Esta foi uma das maiores dificuldades que tive neste período. Se fosse hoje, com a internet, tudo seria bem diferente.
Em dezembro, após o Natal voltei, desta vez por outro caminho. Passamos em Buenos Aires, atravessamos o Rio da Prata até a Colônia do Sacramento, pernoitamos em Montevidéu e, após, de ônibus até Porto Alegre, via Chuí.

Com colegas do curso de "Educación Sanitaria"

Foto tirada em "Embalse del Rio Tercero", no passeio que fizemos a Córdoba. A primeira à esquerda é a colega Rosa, em cuja casa ficamos hospedadas. Data: 16/10/1964

Dom Cirilo e dona Maria Eugenia

Com "meus pais" argentinos. Foto em frente a casa em que me hospedei, em Santa Fé.

Bolsista em Santa Fé

BOLSISTA EM SANTA FÉ
Estava cursando o 3º ano do Curso Normal, quando o Dr Paulo Campos, esposo de minha professora Helly Campos, trouxe para o Colégio São José a notícia de que havia um casal na cidade de Santa Fé que estava oferecendo uma bolsa de estudos para uma aluna da Escola, que ficaria durante um semestre na casa deles e faria cadeiras de um curso superior, além de visitar estabelecimentos de ensino.. Logo me interessei e também minha colega Talia Franck . Dr. Paulo então organizou, com outras pessoas da cidade, um “concurso”, através de entrevista com as duas concorrentes. Fui a escolhida.
Os preparativos para a viagem me deixavam ao mesmo tempo feliz, por ter esta oportunidade e ansiosa por tudo o que eu teria que preparar para poder viajar, inclusive algum recurso financeiro, pois a família financiava tudo em território argentino, mas eu teria que ir até Uruguaiana, onde eles iriam me buscar, além é claro de ter que levar algum dinheiro para despesas pessoais. Tinha algumas economias conseguidas com minhas aulas particulares e meu pai me ajudou com um pouco mais. Estava também preocupada de como seria minha vida, num outro país, com língua e costumes diferentes, longe de minha família, de meus amigos mas, já que havia decidido, não poderia recuar Havia também um outro motivo para sair do país naquele momento: afastar-me um pouco do clima no Brasil, que mergulhava num regime de exceção que acabou se prolongando por mais de 20 anos.
Terminei o 3º ano Normal, fiz meu estágio, me formei em Gabinete e viajei para Santa Fé, em agosto de 1964. Fui de trem até Uruguaiana e lá estava dona Maria Eugênia me esperando. Ela havia sido bolsista no Rio de Janeiro e queria retribuir, de certa maneira, oferecendo uma bolsa a uma brasileira. De Pazo de Los Libres até Santa Fé, fomos de ônibus.
Durante a viagem, pensava no que me aguardaria na nova família e no novo país.

Foto de Paulo Freire

Esta é uma foto de Paulo Freire já com idade avançada

Paulo Freire


COMO CONHECI PAULO FREIRE

Durante  o curso Normal, visitou a nossa turma a educadora montenegrina,  Rosemary Petry, que fez um convite para quem quisesse participar, de um Curso a ser ministrado por Paulo Freire, sobre seu método de alfabetização de adultos. Ela ofereceu inclusive, acomodações em seu apartamento para quem quisesse fazê-lo.
Naquela época, quase não se falava ainda em Paulo Freire, mas fiquei interessada no curso e logo me candidatei a fazê-lo.
Paulo Freire foi o primeiro a sistematizar e experimentar um método inteiramente criado para a educação de adultos. Por este método, a alfabetização se constitui como um processo de conscientização, capacitando o aluno tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita, quanto para sua libertação.
A metodologia desenvolvida por ele foi muito utilizada no Brasil, em campanhas de alfabetização  e, pelo fato de despertar a consciência dos alunos, ele foi acusado de subverter a ordem constituída, sendo preso após o golpe militar de 1964. Depois, exilou-se no Chile, onde encontrou um ambiente social e político favorável ao desenvolvimento de suas teses.
Neste curso, Paulo Freire detalhou seu método revolucionário, que conseguia alfabetizar em apenas 45 dias.
Desde aquele encontro, não pude mais deixar de admirar, este que considero, como o maior educador brasileiro, reconhecido internacionalmente, por sua contribuição para a Educação.