quarta-feira, 20 de julho de 2016

Paraty e a FLIP

PARATY  E  A  FLIP
Recentemente tive a oportunidade de conhecer Paraty e participar de algumas atividades da Feira Literária Internacional (FLIP).
Quando se chega a Paraty e se enxerga a estrutura montada para a FLIP, se compreende perfeitamente a razão da denominação de Festa Literária, porque se constitui realmente numa bela festa da Cultura, o maior evento brasileiro do gênero.
Entre os dias 29 de junho e 03 de julho últimos, artistas, leitores e escritores circularam pela linda cidade histórica fluminense.
Desde 2003, quando da primeira edição, um escritor falecido é homenageado. A homenageada desta 14ª Edição foi a carioca Ana Cristina Cesar (1952-1983). Expoente da geração da Poesia Marginal, que nos anos 70 publicava em jornais e revistas,  textos de resistência aos cenários político e social no Brasil, Ana Cristina recebeu esta homenagem em 2016.
Ao redor do Pavilhão principal de Feira, encontrava-se farto material fotográfico e textos de Ana Cristina, bem como depoimentos de seus amigos.
O Centro Histórico de Paraty  reúne um dos mais harmoniosos conjuntos arquitetônicos do país, com um centenário calçamento de pedras e casarões de portas e janelas coloridas. É ali, entre lojinhas, ateliês e restaurantes que são instaladas as tendas e outros espaços que recebem a programação da FLIP.
Muitos foram os espaços e as atrações da Festa. Entre eles destacaremos: A Tenda dos Autores, onde são realizadas as sessões de autógrafos; O Embarque na Poesia, 50 minutos de degustação literária a bordo do Barco Desejo; A Flipinha – FLIP para crianças - que se realiza sob as árvores da praça, de onde pendem livros infantis e os contadores de estórias encantam os pequenos; a Casa Cais, que reúne escritores de língua portuguesa de todo o mundo e a Shakespeare House, na Capelinha histórica, onde se realizaram debates, teatro, filmes, leitura, exposições, envolvendo a obra do autor, que neste ano completaria 400 anos.
A Festa Literária de Paraty é sobretudo  um local de encontros. Encontro de escritores com seus leitores. Encontro para troca de ideias.
Escritores de diversos países do mundo, além é claro dos brasileiros, estiveram presentes em Paraty para expor suas ideias e divulgar suas obras e quem não conseguiu ingresso para ouvi-los no Pavilhão principal, pode acompanhar no telão onde o povo compareceu em massa para acompanhar as palestras e debates. Quem não conseguiu uma cadeira, que eram centenas, sentou-se no chão, mas não perdeu de ouvir  seu autor preferido.
A Literatura de Cordel também esteve presente nas ruas de Paraty, com Querindina – Marinalva Bezerra e Macambira – Fernando Rocha.
Um dos importantes nomes que participaram da FLIP foi Benjamin Moser, escritor americano, mas quase recifense,  biógrafo de Clarice Lispector, que também palestrou na nossa 32ª Feira do Livro de Canoas, que por sinal homenageou nesta edição a cidade de Paraty e a FLIP.
Para receber os turistas que invadem a cidade por ocasião da Festa Literária, a já bela Paraty, nem precisa se enfeitar muito.

Marina Lima Leal, julho de 2016


Manifestação

Manifestação das Escritoras Negras

Literatura de Cordel

Autores da Literatura de Cordel

Sala Romeu e Julieta

Sala Romeu e Julieta na Casa de Shakspeare

FLIP

Assistindo do lado de fora do Pavilhão. No Telão

Festa Literária Internacional de Paraty

Em frente ao Pavilhão Principal da FLIP

sábado, 16 de julho de 2016

Charretes

As charretes que fazem passeios pela cidade

Construções de Paraty

Observar o detalhe da construção e da janela

Barcos em Paraty

Cais onde os barcos esperam os turistas para passeios pela Baía de Paraty

Paraty

Casas do período colonial e calçamento com pedras - pé de moleque

Viagem a Paraty

Do dia 29 de junho a 03 de julho, minha filha Andréa e eu, visitamos 
PARATY
Paraty é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Localizado no litoral sul do estado. Dista 258 quilômetros da capital, a cidade do Rio de Janeiro. Em 1667, teve decretada sua emancipação política.
Junto ao oceano, entre dois rios, Paraty está a uma altitude média de apenas cinco metros. A cidade foi, durante o período colonial brasileiro (1530-1815), o mais importante porto exportador de ouro do Brasil.
Por estar localizada quase ao nível do mar, a cidade foi projetada levando em conta o fluxo das marés. Como resultado, muitas de suas ruas são periodicamente inundadas pela maré.
O longo processo de estagnação vivido por Paraty ao longo do século XX manteve, paradoxalmente, o casario colonial, conservado no conjunto conhecido como Centro Histórico, tornando a cidade um dos destinos turísticos mais procurados do país.
Pelas ruas de pedra irregular, circulam, a pé – a entrada de veículos é proibida na maior parte do Centro Histórico - turistas do mundo inteiro, atraídos pela beleza da arquitetura típica do Brasil Colônia.  O conjunto colonial de Paraty está repleto de histórias interessantes: atribui-se à maçonaria o desenho das ruas, enquanto a disposição dos prédios teria sido feita de modo a facilitar a defesa da cidade de ataques piratas. Além dessas curiosidades, o Centro Histórico apresenta atrações incríveis, como a Casa da Cultura, a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, de 1873, a Igreja de Santa Rita, de 1722, e o Antigo Paço Municipal, do século 18, que foi restaurado e hoje abriga a Pinacoteca da cidade.
No entanto, Paraty é muito mais que apenas uma pequena cidade histórica. Costeada por montanhas cobertas do denso verde da mata atlântica, a cidade é rodeada de Parques e Reservas Ecológicas, fazendo da região uma das mais preservadas do Brasil.
Aldeias guaranis de Araponga e Paratimirim - se localizam nos arredores da cidade. Para sua visitação, é necessária uma autorização no posto da Fundação Nacional do Índio que se localiza nessas aldeias.
Vários eventos culturais têm Paraty como sede, sendo o mais concorrido e conceituado a Festa Literária Internacional de Parati (FLIP).
Realizada desde 2003, a FLIP conta com a presença de escritores nacionais e estrangeiros que participam de palestras e debates nos prédios históricos ou em tendas armadas nas ruas. A cada ano, um grande escritor já morto, é homenageado. Além da FLIP, muitos outros eventos culturais, folclóricos e religiosos, são realizados em Paraty.
Marina Lima Leal

Fonte: Google e entrevista com moradores, em visita à cidade

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Greve do Magistério, 2016


TERMINA A GREVE DO MAGISTÉRIO ESTADUAL
Em Assembleia Geral realizada na última 5ª feira, dia 07 de julho, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre, professores e funcionários de escola, através de sua instância máxima, decidiram pelo término da greve, que foi a mais longa dos últimos 25 anos. Foram 54 dias.
Com os salários congelados desde o início do governo Sartori, em 2015, há meses recebendo parcelado e com a chegada à Assembleia Legislativa da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sem qualquer  aceno de reajuste salarial para o próximo ano, a categoria decidiu em Assembleia Geral, no dia 13 de maio último, entrar em greve.
Esta greve teve uma característica diferente das demais. As ocupações que os estudantes realizaram em quase 200 escolas foram sem dúvida,  um reforço à greve do magistério.
Helenir Aguiar Schürer, presidente do CPERS/Sindicato  chegou a afirmar: “O grande ganho desta greve foi que no Rio Grande do Sul, professor e funcionário não lutam mais sozinhos pela escola pública. Temos pais e alunos que foram sujeitos nesta greve. Criamos um elo muito forte”.
A paralisação chega ao fim sem a sinalização de qualquer ganho salarial, mas algumas conquistas foram conseguidas, como a revogação do projeto, que estabelece a revisão dos critérios para a concessão da gratificação de difícil acesso, o que significa que nenhum professor terá redução no seu já minguado salário. Acreditamos porém,  que o maior ganho tenha sido as ocupações das escolas pelos estudantes, o que expressa  que ganharam em consciência, quando perceberam que tinham de lutar por melhores condições em suas escolas. Que têm direito a uma escola pública de qualidade.
Terminada a greve o CPERS/Sindicato, orientou seus 42 Núcleos para que, a partir da Lei de Gestão Democrática, iniciem a organização do calendário de recuperação dos dias letivos e das horas aulas, que devem ser aprovados pelos Conselhos Escolares e encaminhados às Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). Lembramos que os Conselhos Escolares são compostos por pais, professores, funcionários de escola e alunos, portanto, por   toda a comunidade escolar, que é quem mais conhece a real situação de cada  estabelecimento de ensino.
Após uma greve se revela uma grande preocupação com a recuperação das aulas, o que é justo. Porém, não há a mesma preocupação, quando há falta de professores em muitas disciplinas nas escolas do Estado, às vezes por um grande  período do ano letivo.
A greve é um instrumento legítimo de  luta dos trabalhadores, porém os educadores não teriam a ela recorrido, se seus direitos fossem respeitados e recebessem um salário digno.
O Piso Salarial Nacional, apesar de não ser uma grande remuneração, foi aplaudido pelos professores, que lutaram por ele por mais de 20 anos. A Lei existe desde julho de 2007, por iniciativa do presidente Lula, mas não é cumprida pela maioria dos estados e municípios. A determinação legal é importante, mas é necessário que seja cumprida. Não pode existir somente no papel.

Profa.  Marina Lima Leal, julho de 2016


Mesa de Debates, na Feira

Com as colegas, Ivonete e Moema na Mesa de Debates: Mulher na Literatura e na Política

Autógrafo de Martha Medeiros

Recebendo autógrafo da escritora Martha Medeiros na 32ª Feira do Livro de Canoas

32ª Feira do Livro de Canoas

Lançamento da Coletânea; Letra Livre 2 da Associação Canoense de Escritores (ACE)