domingo, 22 de julho de 2012

Ações da SMEC no período 1986/87 - cont.



2. Ampliação do número de vagas

Quando assumimos a Secretaria havia diversas escolas que funcionavam em 3 turnos de 3 horas, devido a falta de vagas. Estas escolas se localizavam, especialmente, no bairro Mathias Velho. Era uma situação insustentável, principalmente considerando que era uma região bastante pobre, onde a grande maioria das mães trabalhava fora de casa e a escola deveria funcionar como um apoio, pelo menos em um turno.
As escolas Thiago Würth e David Canabarro foram ampliadas, aumentando  570 vagas na região. Outras escolas também ganharam mais salas como a Gonçalves Dias  e a General Neto. A Escola Tancredo Neves, foi a primeira inaugurada em nossa gestão. Estava sendo construída, quando assumimos.
Abrimos novas turmas de alfabetização de jovens e adultos com recursos da Fundação Educar.
Naquela época o atual município de Nova Santa Rita era o 2º distrito de Canoas. Zona predominantemente rural. As escolas de lá eram também atendidas pela Secretaria e recebiam uma atenção especial por serem escolas rurais na quase totalidade. Duas delas não possuíam água encanada: a Campos Sales e a Miguel Couto. Ambas foram contempladas com poços artesianos. As demais escolas receberam caixas d’água.
Santa Rita ganhou também uma Escola Fazenda, velho sonho do Prefeito. Funcionava em regime de semi-internato e era destinada especialmente aos filhos de agricultores. Um dos objetivos era fazer com que permanecessem no campo.
Na década de 1980 a COHAB havia construído uma vila na chamada Fazenda Guajuviras. As casas populares estavam prontas, mas não havia autorização para as pessoas morarem. Em 1987, o povo se organizou e ocupou estas casas. Eram cerca de 30 mil pessoas.
Havia no Loteamento, 4 escolas, somente o prédio. O povo que ocupou as casas tinha filhos, que necessitavam continuar seus estudos. A Prefeitura decidiu colocar em funcionamento duas delas: uma no Setor 1 e outra no setor 5.
A Escola do Setor 1, que recebeu posteriormente o nome de Guajuviras, foi inaugurada em 04 de julho de 1987 e a do Setor 5, que hoje se chama Carlos Drumond de Andrade, no dia 22 de agosto do mesmo ano.
Cada uma possuía 16 salas de aula, que logo ficaram lotadas de alunos. Foi uma verdadeira batalha equipar estas escolas, fazer as instalações de luz e água e providenciar os professores e funcionários para nelas atuarem.
A questão pedagógica foi enfrentada pela equipe de supervisores e orientadores da SMEC que, junto com os professores da escola, tiveram que se desdobrar para que os alunos, vindos dos mais diversos locais, com diferentes níveis de aprendizagem, pudessem continuar seus estudos com sucesso e os professores e funcionários, que vinham trabalhando desde o início do ano letivo, pudessem ter assegurado seu período de férias.  
A SMEC possuía 2 capatazias que foram muito importantes na tarefa de deixar as escolas em condições de funcionamento. Aliás, logo após assumirmos, as capatazias organizaram o que chamaram de “arrastão”, que consistia em deslocar o pessoal para as escolas e lá permanecer até que a diretora os liberasse, porque não havia mais nenhum conserto para fazer. No primeiro ano de administração, 36 das 42 escolas receberam o “arrastão” segundo levantamento do diretor Elton, que administrava as capatazias, juntamente com o professor Adílpio. Qualquer problema que a escola tivesse na sua estrutura, as capatazias eram acionadas para resolvê-lo.

Um comentário:

  1. A idéia do "arrastão" foi brilhante. A manutenção e melhoria das escolas depende sempre de um esforço coletivo.

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